Wagner Pereira: Uma Vida Dedicada à Música e às Tradições de Ouro Branco

Wagner Pereira nasceu no dia 7 de agosto de 1976, na comunidade rural de Castiliano, em Ouro Branco, Minas Gerais. Ele é o primogênito de Silvio e Maria e cresceu em um ambiente simples e próximo à natureza. Casado com Laura e pai de Augusto, Wagner construiu sua vida com fortes laços familiares, sempre inspirado pela cultura e pelas tradições de sua terra natal.

Desde cedo, Wagner foi profundamente influenciado pela música, que fazia parte de sua herança familiar. Seu avô paterno, Geraldo Izifina, era um mestre respeitado nas folias de São Sebastião e desempenhou um papel importante na preservação da música e da cultura local. Além disso, seu pai era um exímio tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento que despertou em Wagner o interesse pela música. Essas influências criaram nele uma admiração pela arte e o motivaram a buscar conhecimento musical.

Aos 13 anos, Wagner deu seus primeiros passos no mundo da música, aprendendo a tocar violão com seu tio Raimundo. O aprendizado, no entanto, não foi convencional. Como as aulas eram destinadas a seu irmão mais novo, Elias, Wagner observava à distância e absorvia as lições que seu tio ensinava. Ele aproveitava os momentos em que o violão estava disponível para praticar sozinho, reproduzindo os acordes e melodias que tinha visto durante as aulas. Essa experiência inicial marcou o início de sua jornada autodidata na música.

Durante sua juventude, Wagner demonstrou grande determinação e criatividade para expandir seus conhecimentos. Ele frequentava bancas de revistas em Ouro Branco, onde folheava publicações sobre música, tentando memorizar novos acordes e técnicas, já que não tinha condições financeiras para comprar essas revistas. Também passava horas ouvindo programas de rádio, onde procurava acompanhar as músicas no violão, aprimorando sua percepção auditiva e suas habilidades práticas.

Wagner contribuiu ativamente para a música litúrgica em sua comunidade, sendo uma presença constante nas celebrações religiosas de Castiliano, Geada e Belvedere. Ele colaborava com outros músicos locais, como seu tio Raimundo e o amigo Ramiro, enriquecendo a experiência espiritual dessas comunidades por meio de sua música.

Como compositor, Wagner demonstrou talento e sensibilidade em suas criações. Uma de suas músicas mais conhecidas é Não Temos Divergência, composta em parceria com Regy Freitas e Washington Pereira. Essa música foi gravada por Jorge Batista e obteve grande sucesso em Campinas, São Paulo, destacando-se como um marco em sua carreira. Além disso, Wagner participou da composição de Ê Nossa Ouro Branco, uma homenagem especial aos 300 anos de Ouro Branco, que reflete seu amor e orgulho por sua cidade natal.

Ao longo de sua trajetória, Wagner Pereira consolidou-se como um músico talentoso e dedicado, cuja história é marcada pela superação, pela paixão pela música e pelo compromisso com a valorização da cultura de Ouro Branco. Ele continua sendo uma figura inspiradora, tanto para sua família quanto para a comunidade musical de sua região.