Lincoln Tiago Oliveira de Figueiredo, nascido em 14 de setembro de 1948, em Conselheiro Lafaiete, é uma personalidade multifacetada cuja trajetória mistura arte, cultura e conexões humanas. Sua história é marcada por encontros memoráveis, feitos artísticos e uma profunda ligação com as cidades onde viveu, especialmente Ouro Branco, onde reside desde 1987.
Seus primeiros passos no mundo da educação foram dados em Conselheiro Lafaiete, mas Lincoln também frequentou colégios internos, incluindo o Ginásio Dom Bosco, em Cachoeira do Campo, e o Ginásio Guilherme Gonçalves, em Itabirito. Foi durante esses anos formativos que sua veia artística começou a florescer. Em 1966, enquanto cursava seus estudos, recebeu um soneto escrito especialmente para ele por seu professor de português, José Bastos Bittencourt, uma homenagem que marcou profundamente sua juventude.
O talento de Lincoln para a poesia logo se transformou em música. Em 1967, ele compôs suas primeiras canções e, um ano depois, teve o privilégio de encontrar grandes ícones da música brasileira. Durante uma visita a Ouro Preto, ele conheceu o poeta Vinicius de Moraes e o compositor Tavito, com quem compartilhou suas criações. Vinicius ficou impressionado, oferecendo seu endereço no Rio de Janeiro e incentivando Lincoln a manter o contato, um gesto que reforçou a confiança do jovem compositor.
Lincoln também deixou sua marca em festivais de música. Participou dos dois primeiros festivais da canção em Mariana e do Festival da Canção de Santa Rita do Sapucaí, chegando à final em todas as ocasiões. Em Conselheiro Lafaiete, conquistou o primeiro lugar no festival local, solidificando sua reputação como compositor.
Em 1970, outra experiência marcante aconteceu quando Nilo Amaro, maestro do grupo vocal “Os Cantores de Ébano”, ficou hospedado na casa de Lincoln durante um mês enquanto realizava contratos na região. Essa convivência trouxe uma perspectiva única sobre o mundo musical profissional, além de Lincoln testemunhar o início da ascensão do cantor Wando.
Mesmo afastando-se das composições em 1971 para focar nos estudos e na carreira profissional, a música continuou a acompanhar sua trajetória. Em 1982, uma de suas músicas, Prá Vida, deu nome ao primeiro LP do Grupo Queluz de Minas, com um arranjo especial feito pelo maestro Cássio Marcelo, que também foi interpretado pelo Coral Vozes da Serra, de Ouro Branco.
Além da música, a literatura também fez parte de sua vida. Em 1991, Lincoln teve três de suas poesias publicadas na antologia Poetas Queluzianos e Lafaietenses, reafirmando seu talento literário.
A partir de 1986, sua carreira profissional ganhou novo rumo com o convite para trabalhar na Açominas. Em 1987, Lincoln se mudou para Ouro Branco, onde foi calorosamente acolhido. A cidade não apenas se tornou seu lar, mas também fonte de inspiração e de amizades que ele cultiva com carinho até hoje.
Lincoln Tiago é um exemplo vivo de alguém que soube equilibrar a paixão pela arte com os desafios da vida prática. Sua história é um tributo à força das conexões humanas, à cultura e à gratidão. Residente de Ouro Branco há mais de três décadas, ele permanece como um personagem querido e respeitado, cujas contribuições à música e à poesia continuam a inspirar todos que têm o privilégio de conhecê-lo.
Parabens Lincoln, pela nobre trajetória…